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Lula é o mais preparado para acelerar crescimento econômico; diz pesquisa

Foto: © Reuters
O ex-presidente Lula é o pré-candidato ao Planalto mais
preparado para acelerar o crescimento da economia do país, avalia o eleitor
brasileiro. Segundo pesquisa Datafolha, 32% dos entrevistados citaram o petista
como o melhor nome para desempenhar essa missão.

O resultado da pesquisa é bastante similar ao quadro geral de intenção de voto
do eleitor, com o ex-presidente sendo seguido pelo deputado Jair Bolsonaro
(PSL), com 15%, e Marina Silva (Rede), 8%.

Lula encerrou seu segundo
mandato na Presidência, em 2010, com alta aprovação popular e uma taxa de
crescimento do PIB de 7,6%, o maior índice desde 1985. Mas o PT depois levaria
o país, no governo de Dilma Rousseff, a uma de suas mais graves recessões.
De 2014 a 2016, a produção e
a renda do país encolheram 8,2%. Neste ano, o mercado estima um crescimento em
torno de 1,7%.
Para reverter esse quadro de
estagnação, Lula é o favorito de eleitores de todas as faixas etárias e regiões
do país. No Nordeste, onde tradicionalmente tem maior aprovação, o
petista é visto como o melhor remédio para a economia por 51% dos
entrevistados, contra apenas 8% do segundo colocado, Bolsonaro.
A vantagem do ex-presidente,
porém, diminui conforme aumentam a escolaridade e a renda dos eleitores.
No grupo que possui apenas o
ensino fundamental, ele atinge 37%, contra 9% de Bolsonaro.
Entre os entrevistados com nível de ensino superior, ambos estão empatados, com
20%.
Do mesmo modo, Lula chega a
40%, versus 11% de Bolsonaro, no grupo com renda mensal de até dois
salários mínimos. Entre os mais ricos, com mais de dez salários, o petista cai
para terceiro (14%), atrás de Bolsonaro (22%) e do tucano
Geraldo Alckmin (17%).
Nesse grupo, o ex-presidente
fica tecnicamente empatado com Henrique Meirelles (MDB), -citado por
12%-, ex-ministro da Fazenda (governo Temer) e ex-presidente do Banco Central
(gestão Lula).
Preso desde 7 de abril, Lula
ainda lidera a lista de intenção de voto para o Planalto quando seu nome é
incluído entre os pré-candidatos. É o preferido de 30% dos entrevistados.
Condenado por corrupção e lavagem de dinheiro, o petista é inelegível, de
acordo com a Lei da Ficha Limpa.
Segundo o Datafolha, a
maioria da população acredita que o ex-presidente não será candidato, mas o
número registrou queda na última pesquisa. Passou de 62% em abril para 55% no
início de junho.
Já os que avaliam que ele
participará da disputa passaram de 34% para 40%.
A percepção de que o
ex-presidente não concorrerá às eleições, no entanto, não significa que os
entrevistados acreditem que ele não deveria ser candidato. Nesse caso,
constata-se um empate. Para 48%, Lula deveria ser impedido de concorrer,
enquanto 49% são contra vetá-lo.
Quaisquer que sejam os
candidatos, o eleitor acredita que saúde (41%) e educação (20%) deveriam ser a
prioridade do próximo presidente.

A saúde também aparece, ao lado da corrupção, no topo da lista dos principais
problemas do país. Foram mencionadas por 18% dos brasileiros. Em seguida foram
citados o desemprego (14%) e a violência (9%).

Reprovado por 82% dos
entrevistados, o governo de Michel Temer (MDB) registrou queda em sua nota
média. O número chegou agora a 1,9, com a maioria (53%) atribuindo nota 0 ao
presidente.
Em abril, a média era
levemente melhor: 2,7, sendo que 41% deram nota zero.