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Acervo poupado do fogo pode manter a relevância de um novo museu nacional

[Acervo poupado do fogo pode manter a relevância de um novo museu nacional]

Enquanto políticos brasileiros e autoridades de países como França, EUA e Argentina falam em investimentos para “reconstruir” do zero o Museu Nacional, pesquisadores lembram que a parcela do acervo poupada pelas chamas de domingo (2) ainda seria suficiente para manter a instituição entre as mais importantes do Brasil —embora não seja possível substituir a riqueza incalculável que foi destruída.

“É preciso ter em mente que as coleções que estavam fora do prédio principal ainda seriam equivalentes a um museu dos grandes”, diz José Perez Pombal Junior, curador das coleções de anfíbios da instituição e professor titular da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), à qual o museu é vinculado.

De fato, diversas partes importantes do acervo —as coleções de vertebrados, de insetos do grupo dos dípteros (que inclui moscas e pernilongos) e de botânica, bem como a biblioteca principal— já tinham sido transferidas havia vários anos a um prédio anexo, distante da área atingida.

“Isso significa que a gente não vai sair do zero”, afirma Pombal Junior. Os números são respeitáveis. Ainda sobraram 100 mil espécies de mamíferos e 110 mil de anfíbios, por exemplo, muitos dos quais coletados em áreas que já não possuem ambientes naturais hoje. “O herbário é o primeiro ou o segundo maior do Brasil. E as obras raras da biblioteca, algumas das quais trazidas na vinda da família real portuguesa para cá [em 1808], também foram preservadas.”

A assessoria de imprensa do Museu Nacional estima que o prédio anexo tenha 460 mil exemplares de vertebrados e que hajam outros 550 mil no herbário. Também teriam sobrevivido 180 mil invertebrados em um anexo subterrâneo do prédio que pegou fogo.

Nos últimos dias, com a comoção causada pelo incêndio do prédio histórico na Quinta da Boa Vista, houve manifestações de apoio à reconstrução dentro e fora do Brasil. O governo federal anunciou que o BNDES lançaria, até o fim de setembro, um edital de R$ 25 milhões, destinado a financiar projetos de segurança e melhoria de instalações de museus.

O financiamento do BNDES viria no âmbito da Lei Rouanet, sendo, portanto, uma doação, e não um empréstimo. Eliseu Padilha, ministro da Casa Civil, declarou que o governo enviaria ao Congresso Nacional uma medida provisória criando os fundos patrimoniais, facilitando a doação de recursos privados e públicos para o Museu Nacional. A instituição aplicaria os valores doados e usaria os rendimentos do fundo.

Por sua vez, Jean-Yves Le Drian, ministro das Relações Exteriores francês, declarou, que a França estaria disposta a ajudar a restaurar o Museu Nacional. O Secretário de Cultura da Argentina, Pablo Avelluto, disse que mapearia o acervo público de seu país em busca de itens ligados ao Brasil que pudessem ser doados.

O Smithsonian Institution, complexo de museus e pesquisas em Washington, por meio do Departamento de Estado americano, se dispôs a realizar uma reunião com a embaixada brasileira nos EUA para discutir uma eventual ajuda.

Também nesta semana, o diretor-executivo da National Geographic Society, Gary Knell, ofereceu ao país ajuda financeira e para reconstituir parte do acervo do lugar.

João de Orleans e Bragança, da antiga família imperial brasileira, comprometeu-se a emprestar parte de seu acervo pessoal, incluindo quadros, fotografias e objetos levados por dom Pedro 2º quando foi para o exílio na Europa, em 1889.

Dessas manifestações, uma foi considerada desastrada por pesquisadores. O prefeito do Rio, Marcelo Crivella, falou em “reconstruir o museu das cinzas, recompor cada detalhe eternizado em pinturas e fotos”. Depois, disse ter sido mal interpretado, por estar se referindo ao prédio do museu, e não aos itens do acervo.

 

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